Caminhada realizada em Euclides da Cunha busca incentivar doação voluntária de órgãos

A mobilização é importante porque, segundo a legislação do país, mesmo quando uma pessoa decide ser doadora e formaliza no documento de identidade, em caso de morte, a palavra final é da família.
A caminhada contou com a participação de familiares, amigos, simpatizantes, professores e estudantes. Foto: Josevaldo Campos/RF

Nesta sexta-feira (27/setembro) é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Para marcar a passagem da data, diversas pessoas de Euclides da Cunha foram às ruas para chamar a atenção, conscientizar e incentivar a doação voluntária.

27 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Foto: Josevaldo Campos/RF

A mobilização é importante porque, segundo a legislação do país, mesmo quando uma pessoa decide ser doadora e formaliza no documento de identidade, em caso de morte, a palavra final é da família. Daí a importância de se dialogar para que a vontade do doador seja respeitada. “Pela segunda vez venho nessa caminhada, para fazer as pessoas ouvirem que doação de órgãos salva vida”, afirma Eliana Campos, uma das organizadoras.

Atualmente, 44.634 pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil. Foto: Josevaldo Campos/RF

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, de janeiro a junho deste ano, 45% das famílias brasileiras consultadas nos hospitais não autorizaram a doação de órgãos, mesmo quando havia vontade explícita do doador. Atualmente, 44.634 pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil. Destes, 41.261 aguardam por um rim,2.312por um fígado e 431, um coração. As informações são do Sistema Nacional de Transplantes.

Por trás da mobilização na cidade está a história de luta de Anne Sophia, uma garota que mesmo antes de nascer foi diagnosticada com cardiopatia congênita e aguarda por um transplante. Foto: Josevaldo Campos/RF

Por trás da mobilização em Euclides da Cunha está a história de luta de Anne Sophia, uma garota euclidense de 12 anos, que mesmo antes de nascer foi diagnosticada com cardiopatia congênita e hoje se encontra na fase de pré-transplante de órgão, aguardando para entrar na fila. Desde que nasceu, Sophia tem trilhado uma caminhada de muitas lutas pela vida e uma rotina que a obriga a diariamente fazer uso de medicação especial e periodicamente se deslocar para Salvador e Recife para acompanhamento médico.

De janeiro a junho deste ano, 45% das famílias brasileiras consultadas nos hospitais não autorizaram a doação de órgãos. Foto: Josevaldo Campos/RF

A caminhada contou com a participação de familiares, amigos, simpatizantes, professores e estudantes. Também marcou presença o candidato a prefeito Heldinho Macedo, a primeira dama do município, Regiane Pinheiro e a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria das Dores, dentre outros representantes políticos. O percurso foi animado pela FANEOB, a fanfarra de Euclides da Cunha.

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