COLUNA: “E aí, Peu! Você trabalha com o que?”

Temos no Brasil uma cultura muito forte de romantização à humildade e eu acredito que isso só tira o poder incontrolável que nós humanos temos de ser mais e extrapolar qualquer expectativa imposta, tanto por nós quanto pelas pessoas ao nosso redor.
"O mundo gira e hoje vivendo no interior eu não consigo me imaginar voltando a engarrafamentos e filas lotadas". Foto: Arquivo Pessoal

Há alguns dias alguém me perguntou isso e eu listei um monte de coisa: publicidade, agro, mercado financeiro, trade etc. A resposta dele foi um sonoro: “Impossível você trabalhar nisso tudo”. Isso me deixou um pouco pensativo, analisando essa resposta e se era melhor eu ter resumido.

Cheguei à conclusão que não, eu não preciso diminuir meu esforço ou esconder tudo que eu faço apenas para caber nas expectativas de alguém; pelo contrário, é preciso falar abertamente sobre trabalho, empreendedorismo e finanças para poder inspirar e motivar as pessoas a buscarem um melhor caminho.

Temos no Brasil uma cultura muito forte de romantização à humildade e eu acredito que isso só tira o poder incontrolável que nós humanos temos de ser mais e extrapolar qualquer expectativa imposta, tanto por nós quanto pelas pessoas ao nosso redor.

“O mundo gira e hoje vivendo no interior eu não consigo me imaginar voltando a engarrafamentos e filas lotadas”. Foto: Arquivo Pessoal

Eu sempre fui inquieto, nunca gostei de fazer a mesma coisa por muito tempo e isso me abriu um leque de oportunidades. Eu geralmente passo a semana em frente ao computador, umas 14 horas por dia, e agora enquanto escrevo esse texto estou aqui com o pé na lama fazendo algo que nunca pensei que faria: plantar.

Logo depois de conhecer Londres, eu afirmava para tudo e para todos que aquilo ali era o “meu Ghettho” e que eu não me imaginava longe de uma grande metrópole cercado por prédios, carros e pessoas. Pois, o mundo gira e hoje vivendo no interior eu não consigo me imaginar voltando a engarrafamentos e filas lotadas.

Nós mudamos, o mundo nos mostra outros caminhos e abre oportunidades, basta enxergar e agarrar. É simples? Não! Mas esteja preparado que o cavalo selado não passa duas vezes. Hoje eu estou por aqui, trabalhando em mais uma oportunidade agarrada, será essa que vai mudar o meu patamar? Sinceramente, não sei, mas não será por falta de esforço e trabalho.

“Eu sempre fui inquieto, nunca gostei de fazer a mesma coisa por muito tempo e isso me abriu um leque de oportunidades”. Foto: Arquivo pessoal

Eu acredito no potencial infinito do ser humano e principalmente dos brasileiros de se reinventar e correr atrás de seus objetivos, com criatividade, paixão, resiliência e força de vontade. São esses sentimentos que movem a vida e tudo ao nosso redor.

Eu gostaria apenas de com tudo isso exposto deixar um recado importante no qual eu acredito muito: não se acomode, não aceite menos do que merece, corra atrás do seu e, principalmente, não dependa de ninguém.

O trabalho sempre retribui.

Pedro Paixão é designer, amante de gastronomia e viagens, não necessariamente nessa ordem.

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